Capítulo 13
 

            Bel jogou o cantil longe, Val sorriu e voltou a comer. Todos estavam um pouco enojados com tudo o que Val havia feito, menos Val que comia como se nada tivesse acontecido. Depois Celly começou a rir.

 
            Kyle engoliu em seco. Sabia que Val tinha razão. Ele tinha que deixar Bel aprender a lidar com essas coisas. Ele se sentou novamente na mesa e Val contou absolutamente tudo o que acontecera.
            Val pegou um computador e o conectou aos arquivos confidenciais da polícia. Val era perita em computadores, para ela era fácil entrar em qualquer computador, qualquer um que fosse. Em muitos casos, já entrara em alguns arquivos do governo israelense e descobriu uma conspiração contra o governo americano. Celly sempre a ajudava.  Para Val era fácil hackear qualquer computador e para Celly era um pouco mais difícil, mas ela dava conta do recado e muito bem.
            Em segundos, Val entrou nos arquivos secretos. Kyle e Brendan  sempre se surpreendiam com a rapidez que Val conseguia desmontar esquemas de segurança computadorizados. Celly descobria como eles eram feitos e Val os desarmava.
Procurou os arquivos de Lisa. Depois de alguns minutos de pesquisa, eles tinham uma grande gama de informações. Val copiou tudo e Celly e ajudou a organizar. Celly, com uma pequena ajuda de Val, descobriu que havia pelo menos uns 8 bandidos na casa, que era normalmente o número de integrantes de grupo que Lisa sempre utilizava.
            Enquanto eles discutiam quantos seriam e quem seriam, Bel já tinha voltado do banheiro. Depois do primeiro mal estar ela se sentira bem melhor e se juntou ao grupo para  discutir.
Bel falou algo e Val repentinamente se levantou. Ela olhou para Kyle.

            V al ficou uns minutos sentada a uma certa distância deles, com os olhos fechados. Por fim, ela voltou, o olhar perdido, sabiam que ela estava refazendo alguma cena em sua cabeça. Se calaram para ouvir o que ela ia falar

            Eles ainda discutiram mais algumas coisas. Depois Val pessoalmente foi buscar o resto do equipamento necessário. Estava escurecendo, eles teriam que se virar durante a noite. Não podiam esperar que clareasse o dia, nunca se sabia como eles poderiam agir. Val trouxe cordas, facas, óculos infravermelhos para a noite, óculos a base de calor e mais um monte de coisas.
            Val os levou até a mata. As demarcações do caminho que  ela tinha feito só eram vistos com uma lanterna especial, que não emitia quase nenhuma luz, mas a tinta que ela deixara nas árvores brilhava o suficiente para que eles a vissem, as marcas eram as palavras �DT�.
            Eles chegaram até o rio. Val apontou onde era a passagem. Havia um guarda ali. Celly fez um sinal para que Brendan cuidasse dele. Eles  teriam que arranjar um modo para que todos saíssem de lá. Kyle pegou uma bomba de fumaça. Bel apareceu e o guarda correu até ela. Bel estava desarmada, era como uma isca. Assim que ele se afastou, Kyle correu e jogou a bomba dentro do esconderijo, quando o guarda se aproximou o suficiente de Bel para machucá-la, Kyle atirou nele, o matando.
            Bel sorriu para ele e voltou para a mata. Todos colocaram o colete a prova de balas. Alguns minutos depois, saíram correndo alguns bandidos de dentro da passagem, em alguns, Kyle, Brendan e Bel atiraram. Celly levou outros até as minas, tomando cuidado para que ela não fosse a própria vítima. Val estava em cima de uma árvore, esperando que mais alguém saísse da passagem.
            Saíram dois comparsas de Lisa da passagem. Celly estava de costas e eles acharam que poderiam atingí-las, mas eles não sabiam que ela já os havia visto, e antes que eles pudessem atirar, ela os matou com dois tiros certeiros na cabeça. Val acenou para ela, para que ela se afastasse da passagem. Um tiro ecoou no ar. Ninguém sabia de onde veio. Todos se olharam, quando ouviram um barulho.
            Era Val que havia sido atingida. Celly ia vê-la, mas ela berrou para que ela se afastasse. Lisa estava na área.
            Com dificuldade, Val se levantou, levara um tiro na perna. Segundos depois, Celly foi atingida, a bala pegou no colete, mas o impacto fora tão grande que a machucara um pouco.
            Kyle correu para ver como Val estava e a ajudou a se encostar em uma árvore. Val olhou para ele e o mandou cuidar de Bel. Lisa deveria saber que ela era novata. Ouviram um grito, era o de Bel. Ela não havia sido atingida, escapara por pouco. Kyle correu para cuidar dela.
            Val se jogou no chão, sabia que se ficasse no chão, Lisa não a veria. Se arrastou até perto da passagem, onde pôde ver Lisa.
            Celly berrou avisando que teria pelo menos mais uns vinte homens armados ali. tinha sido uma emboscada. Lisa havia visto Val na árvore e dito aquilo para que ela pensasse que eram poucos. Val não podia falar, estava muito próxima de Lisa e morreria se ela a descobrisse.
            Celly se preocupou ao não ouvi os gritos de Val. três coisas poderiam ter acontecido: Val fora atingida estava inconsciente, fora morta ou então estava preparando um bote. Celly pensou na terceira possibilidade, não porque achasse que  Val tinha sobrevivido, mas porque preferia pensar que ela estava viva.
            Como Segunda em comando, Celly começou a dar as ordens por lá, ela ia atirando e bolando os estratagemas. Bel estava se saindo muito bem, apesar de estar muito apreensiva. Kyle cuidava dela.
            Brendan estava conseguindo abater alguns, mas era Celly que estava acabando com todos, era ela que estava se sobressaindo.
            Val estava de olho em Lisa. Evitava até respirar, Lisa sabia como a encontrar. O chefe dos bandidos saiu da passagem. Ele estava a apenas alguns centímetros dela. Val atirou nele e fechou a passagem. Lisa atirou ao lado de Val.
            Com um tiro, Val conseguiu que Lisa saísse de seu esconderijo. As duas com arma em punho, uma mirando para a outra. Lisa saiu correndo na mata. Val ia atrás, antes gritou para Celly.

            Celly sentiu um alívio ao ouvir as ordens de sua prima. Ela passou o comando para Kyle, enquanto ia resgatar o presidente.
            Sem esforço, Celly passou pelo meio dos tiros sem se machucar e foi até a passagem. Pegou uma lanterna que estava presa em seu cinto e entrou. Era um bom esconderijo. Era uma casa subterrânea. Ela achou um cachorro que quase a mordeu, mas ela atirou nele antes que ele a pegasse.
            Procurou pelos quartos e não achou o refém. Quando passou por um quarto, ouviu um barulho. Havia uma grande estante encostada na parede. Celly pensou que precisaria de ajuda para retirá-la, mas a estante não era muito pesada.
            Atrás da estante tinha um outro cômodo, onde estava o presidente. Ele estava amarrado na cama e com a boca fechada por uma fita. Celly o desamarrou e tirou a fita rapidamente, ele deu um berro.

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